segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


ARACNÍDIA




para
Maria José Giglio
e todo um bando





1

caminha entre as barras
de um sonho, universo
úmido e rarefeito

duas habitam seu corpo:
Ariadne, a fiandeira,
e a Viúva Negra, amante
do Minotauro

a Seda e o Veneno
fiam e desfiam os labirintos
da senhora dos sentidos ciganos

com os nômades, descansa
na cidade de Ventania,
múltipla e si-mesma

2

esquálidos heróis
pálidas donzelas
poetas músicos ladrões
alguns dos que a encorpam

tropa trota estradas
tropeiros dos trens noturnos

a vida trama tramóias
quando certezas se traça

3

atrás de histórias sem fim
ata-me Aracnídea
ânsias de matá-la
e ela se rindo de mim

4

a Quadrilha Aracnídia sitia Àssombradado
e outra horda encontra:
Biutes, Uilcon Pereira, Jeane Lobo
Dóris e Eliane Accioly, Olga do Lago,
Miguel Anjo, Semíramis
Silvana Cappanari, Padre Nilo,
Evaristo, Evarista, Tânia Diniz,
Alicia Mello, Siloé Neves,
Rafael Tassinari, Ceres,
Luz e Fé, Silvia Anspach,
Helena Armond, Pascoal Motta,
Doralina Carvalho Rodrigues, Daniel,
Hugo e Efigênia

5

cavalgam zebras roubadas,
abrem caixas de Pandora,
quebram Poemas na Arena

se ajuntem delirantes!
em hordas falanges
quadrilhas e bandos
alcatéias miríades enxames

que é de uma só andorinha?
e gente humana desgarrada?
assunta Aracnídia


Menina nunca posso responder
aos blogs...aos portaes....aos website
simplesmente porque não domino as travas as porteiras as pontes
tudo em códigos! em sígnos
vai daí não poder enviar comentários...
Seu Blog está muito muito muito BOM
Carolinas
brincando "de roda" ...
vê-se o movimento
lê-se o não pensamento
apenas tão vivas as intenções...
Alegria!eu diria...
perdura em quem as viveu na prima/roda....AMEI artista ! amei

HELENA ARMOND